Até para morrer você gera despesas. Com isso, quem pensa que depois de morto não dará mais gastos à família se engana. Morrer também custa caro, muito caro, além do que podemos imaginar. Para se ter ideia, ao enterrar um ente querido é necessário cuidar das despesas como caixão, velório, ornamentação e supultamento, e para aqueles que desejam e tem uma renda mais alta, a cerimônia pode contar até com buffet.
Nas nove funerárias existentes em Palmas, o preço do caixão mais barato, está na faixa de R$ 350,00. O sepultamento simples fica em torno de R$ 700,00, isso inclui urna, vestuário, ornamentação e remoção do corpo até o cemitério. Já as urnas funerárias mais sofisticadas e luxuosas são feitas de madeira nobre e maciça, contém alça de metal, visor total do corpo e forração em cetim com renda. Um caixão como esse pode chegar a R$ 9 mil. Mas segundo o proprietário de uma funerária da Capital, não é comum a venda apenas do caixão, mas sim o serviço completo. “Normalmente saem os de preços mais acessíveis. Morrer hoje é muito caro”, Jean Carlos.
Na compra de urnas de maior luxo, também são cobradas as despesas com o veículo que faz o translado, vasos com flores para o velório, registro de óbito, velas, lista de presença, bolachinhas, salgadinhos, café e material de limpeza. Além da divulgação do velório nos veículos de comunicação.

Pacote
Além dessas despesas no pacote funerário estão inclusos os preços de coroas de flores, que varia entre R$ 120 a R$ 500, dependendo das espécies de flores e do tamanho da coroa, e a tanatoplaxia (higienização do defunto) em média R$ 350. Assim os gastos com o caixão e serviços chegam a custar R$ 10,3 mil.
Nesse momento tão delicado para a família, fica complicado atentar-se para esses detalhes do funeral. No dia em que perdeu sua mãe, há três anos a administradora de empresas Márcia Rodrigues Silva, 32 anos, não sabia o que fazer para arcar com as despesas do velório. Primeiro porque não tinha cabeça para pensar em gastos e depois porque não tinha condições financeiras suficientes.
“A gente nunca espera por um momento desses, e quando minha mãe faleceu estávamos todos sem dinheiro, aí não sabia se pesquisava os preços, se pedia dinheiro emprestado ou se fazia na primeira funéraria que aparecesse na frente”. Márcia contou que os custos do funeral não ficaram por menos de R$ 2,5 mil.

Planos
As funerárias também trabalham com planos de assitência funeral. A alternativa visa não assustar tanto com os altos custos com o falecimento de um parente. Um dos planos mais baratos custa em média R$ 12,00, onde o cliente paga um mês sim outro não, e o titular do plano tem direito de inserir o conjugue, filhos e pais como dependentes no convênio. “Neste preço, além do caixão, também estão inclusos, lanche acompanhado de café, copos descartáveis, bebedouro com água mineral, tenda, e assitência de 24 horas no velório”, disse o proprietário Jean Carlos.
Já em outra funerária da Capital, o proprietário André Luis, contou que o plano mais em conta que trabalha, é no valor de R$ 10,00 mensais. Ainda segundo Luis, obter um plano funerário é uma medida de economia, conforto e até de comodidade. “Através desse plano, fazemos um funeral completo e a família não tem que se preocupar com nada”.
Pensando nas vantagens do plano, a dona de casa Glória Aparecida Souza, 46 anos, pensa em prevenir e fazer um plano. “Não pretendo usar tão cedo (risos...), mas tenho ciência de que um dia todos nós vamos morrer, então vou aproveitar para pagar um plano enquanto estou viva e diminuir as dores de cabeça para meus filhos, familiares e amigos no dia em que Deus me chamar”, informou dona Glória Aparecida.